A robótica no estado da arte

GIC Brasil11/03/2023

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Apesar de historicamente distante por milênios, a resposta pode representar a capacidade de reproduzir a arte. Imagens em 3D, computadores inteligentes e robôs são potencialmente capazes de recriar, no detalhe, esculturas em mármore. A possibilidade veio à tona diante da disputa entre Londres e Atenas diante do legado hoje no Museu Britânico. [n]O que parece um assunto do passado é tema mais do que atual em várias frentes, inclusive para o varejo: o potencial da robótica.[/n]

Mármores de Elgin, também conhecidos como Mármores do Partenon, representam grande coleção de esculturas levadas da Grécia para a Grã-Bretanha em 1806 por Lord Elgin. Atualmente, como forma de dar fim à disputa para o destino das obras, o Instituto para Arqueologia Digital cogitou a possibilidade da recriação. O avanço tecnológico é tão extraordinário que já se fez a proposta de começar a escanear as estátuas. Mas se no Reino Unido ainda não se decidiu o que fazer, em outras áreas os processos que envolvem robô fluem e evoluem velozmente.

É o caso do varejo alimentar. [n]A revolução robótica[/n] foi tema de estudo pela NRF (National Retail Federation). A ideia aqui não é exatamente recriar arte, mas simplificar processos em escala. Uma série de fatores impulsiona a adoção de robôs. Algumas delas são a inteligência artificial, a conectividade Wi-Fi e os avanços na Internet das Coisas. As ambições de processos utilizando robôs em regra incluem agilizar operações que antes seriam feitas por pessoas e aumentar os ganhos de escala por processo.

De um lado, imagina-se que esta transformação levaria ao corte de mão de obra. De outro, muitas vezes o objetivo é justamente liberar colaboradores, antes voltados a processos repetitivos, para focarem na atividade fim do varejo, atender o cliente e garantir a melhor experiência possível aos consumidores. Os exemplos são muitos. A imprensa americana costuma destacar as iniciativas do Walmart e da Amazon com suas unidades de robótica, usadas para fazer inventário de mercadorias, movimentar estoque, escanear prateleiras, dentre outros.

As soluções internacionais de tecnologia e inovação exigem altos investimentos. O desenvolvimento exige muito tempo investido e profissionais altamente especializados. Para o varejo brasileiro, acessar esse tipo de solução costuma ser ingrato, pelo custo elevado e pela taxa de câmbio, altamente desfavorável. Melhor caminho seguem as empresas de tecnologia capazes de inovar e criar soluções dentro do país. “Esse é um diferencial. Empresas capazes de desenvolver soluções localmente têm vantagem comparativa”, explica Eduardo Lopes, Head de Inovação em Hardware da GIC Brasil.

Baseada em Alphaville (SP), a empresa de tecnologia e inovação investiu na criação de um Laboratório de Desenvolvimento de Inovações. O GIC Lab foi responsável pela criação de soluções avançadas como o sistema de câmeras para monitoramento de gôndolas, o GondolEye, que será relançado no próximo mês de abril, e o robô Mirus, que chega ao mercado no segundo semestre em nova versão. O time trabalha agora na nova sede da empresa, com espaço amplo, que abriga as máquinas de 3D, capazes de produzir quase 400 câmeras digitais ao mês para o sistema de captura de imagens.

“Existem algumas implementações bastante massivas de robôs no varejo agora, e elas estão aumentando drasticamente para resolver uma série de problemas no setor”, explicou Stephen Platt, diretor e pesquisador do Platt Retail Institute e diretor de pesquisa da Conselho de Análise de Varejo, em entrevista à NRF. O movimento parece uma tendência da qual será possível escapar, em paralelo à crescente automação. Tudo bom o objetivo de levar a operação do varejo ao estado da arte.

Por: Nilson Brandão / Conteúdo Evolutivo

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