Uma rede de mais de meio século capaz de viver a modernidade do presente e projetar um futuro inovador. Em síntese, vem sendo assim a trajetória da Enxuto Supermercados, ainda mais a partir dos tempos desafiantes da pandemia da COVID-19 e suas transformações para o consumo. Fundada em 1967, a empresa é um dos clientes mais tradicionais da GIC Brasil, empresa de tecnologia para o varejo alimentar baseada em São Paulo (Brasil), com atuação nos mercados nacional, colombiano e panamenho.
“Quando iniciamos nosso trabalho de transformação digital pela venda, tínhamos a expectativa de termos em dois anos 0,5% do nosso faturamento nos novos formatos. Com a chegada da pandemia, a mudança de hábitos e aceleração dos ajustes que fizemos, hoje a participação da venda digital gira entre 4% e 5% das vendas totais, dez vezes mais do que a gente havia originalmente projetando, antes da crise sanitária”, conta Bruno Bragancini, CEO da Enxuto.
A Enxuto surge como empresa familiar nos anos de 1960 e ao longo das décadas seguintes estruturou sólida rede de supermercados, atualmente avançando por novos formatos de operação. O CEO da empresa explica que o grupo se reposicionou no mercado e passou a operar com diferentes tipos de lojas para atender melhor e de forma ainda mais específica o consumidor, com o Enxuto, o Enxuto Aqui e o Enxuto Drive.
A bandeira Enxuto reúne as seis lojas de supermercados. O Enxuto Aqui, lançado em 2018, funciona na lógica da “super conveniência inteligente”, dentro de condomínios residenciais. Já o modelo Drive representa o sistema click and collect, com pontos de retiradas espalhados na região de atuação do grupo.
[n]Needs for today[/n]
No caso do Extra Aqui, as lojas operam no formato de minimercado, com a oferta de mercadorias chamadas needs for today. O mix de produtos é diversificado e voltado à demanda diária, principalmente em categorias como higiene, limpeza, congelados, hortifruti e adega, dentre outros. As unidades do Enxuto Aqui também integram o sistema click and collect, do Enxuto Drive, no qual o cliente faz as compras via e-commerce e retirada na loja do condomínio.
“A gente vem discutindo nos últimos anos como traz a cultura de inovação para dentro do Enxuto. Somos uma empresa de mais de 50 anos de idade. Atuamos no mercado offline há muito tempo, não é fácil virar a chave”, conta Bragancini. O trabalho, contudo, avança firme e veloz. Segundo o executivo, a inovação e a transformação digital estão necessariamente ligadas à sustentabilidade do negócio. ”É preciso disciplina e foco, um bom planejamento e dividir bem as atividades”, resume o CEO.
Ele também comenta os efeitos da pandemia sobre o setor. “O que isso gerou? Um desafio muito grande mudança de processos, investimentos em tecnologia. A maioria das empresas entendeu a importância da transformação digital”, explica Bragancini, que em junho participou da primeira edição do GIC Amplia WebTalks. A série de eventos reúne as principais vozes de varejo e foi lançada com a participação, ainda, do Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra, e do ex-CEO da Via Varejo e investidor em Startups, Flavio Dias.
A visão da empresa forma a base para os recentes movimentos: “Crescer continuamente, sólida e lucrativa, estabelecendo fortes laços com clientes, fornecedores, funcionários e comunidade, fornecendo a melhor opção para merecer a preferência dos clientes”. Neste cenário surge a parceria com a GIC Brasil, na segunda metade da década passada, com o fornecimento da solução RUB de gestão automatizada para lojas físicas, que monitora a movimentação de pessoas, processos e produtos, e aponta tarefas imediatas.
[n]Lastro histórico[/n]
A história da Enxuto começa com a chegada do empreendedor João Batista ao bairro de Parque Industria, em Campinas, no interior de São Paulo. Ele funda a Comércio de Cereais Arroz Enxuto, que funcionava sob o nome de Cerealista Alvorada, um comércio de secos e molhados. O negócio daria origem à Enxuto Supermercados nos anos seguintes. Em 1975, a atividade ganha impulso e prospera com o depósito para itens de alto giro e transferências para as lojas.
Os anos de 1990 veriam surgir o primeiro hipermercado da rede, bem como o processo de informatização utilização de leitores ópticos de códigos de barras e o processo de expansão da rede de lojas. Na década seguinte, avançava a profissionalização da gestão e o reposicionamento da marca, com novo design e a o conceito “fazer o melhor para você é da nossa natureza”. Em 2011, a rede consolidaria o conjunto de práticas de conformidade da empresa no Código de Ética da Enxuto.