São Paulo – A GIC Brasil, empresa de inovação e tecnologia voltada ao varejo alimentar, criou o GIC Lab para pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para o dia a dia de operação. O laboratório in house faz parte dos investimentos da empresa para o biênio 2019/2020 e conjuga os dois principais fatores para a cultura da inovação: capital humano e tecnologias avançadas.
“A principal vantagem em ter um laboratório como esse na empresa é a agilidade na criação. Por meio de processos de prototipagem e formas de trabalho inspiradas no mundo maker e DIY, podemos testar e desenvolver novas ideias de forma rápida”, diz Eduardo Lopes, Head de Inovação em hardware da GIC e líder do GIC Lab.
Na prática, prossegue Eduardo, outra grande vantagem das novas tecnologias de produção é o conceito de mass-customization ou customização em massa. O formato permite à empresa criar e ajustar novos produtos à realidade física e da operação de cada cliente, até mesmo para cada loja em sua rede.
O GIC Lab emprega ferramentas tecnológicas, com destaque para a modelagem computacional tridimensional e máquinas de fabricação digital, tais como: impressoras 3D, cortadoras a laser, fresadoras de grande e pequeno formato.
Essas ferramentas são utilizadas em todas as etapas doo processo de criação, para materializar as primeiras ideias de design, passando pela confecção de placas de circuitos integrados e até mesmo para viabilizar a produção de pequenas séries dos produtos finais.
Benchmarking competitivo
“Estrategicamente trabalhamos com o benchmarking competitivo. Pesquisamos continuamente as últimas inovações apresentadas pelos maiores players internacionais e buscamos entender o que é possível ser adaptado e traduzido para a realidade técnica e financeira do eixo sul global, onde estamos inseridos”, compartilha Lopes.
Esse processo envolve conceitos de Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), Machine Learning e Algoritmos Avançados. As ferramentas, contudo, não são tudo.
“Eu diria que a principal tecnologia empregada pela GIC são as pessoas. As possibilidades trazidas pelo cruzamento de diferentes vivências e experiências profissionais com total liberdade é um dos motores do processo de inovação ágil”, complementa o líder do GIC Lab. Ressaltando essa importância, mesmo durante a pandemia, a empresa contratou desenvolvedores de sistemas e programadores de implantação.
O investimento em gente torna-se crucial. Lopes, por exemplo, é arquiteto e empreendedor digital, com doutorado em Design pela Universidade de São Paulo. Sua tese, desenvolvida na USP, trata do papel da fabricação digital robótica na indústria 4.0. Fundou o Garagem Fab Lab, primeiro laboratório de fabricação digital independente no País, conectado à rede do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Em 2014 integrou a equipe da Prefeitura de São Paulo na implantação da maior rede mundial de laboratórios públicos, a Fab Lab Livre SP.
Cultura da Inovação
A cultura da inovação conecta todas as áreas da GIC Brasil. A missão da empresa é participar da transformação do varejo e aperfeiçoar a experiência do consumidor. Visionar as tendências que se aproximam para o futuro e trazer as soluções que seus clientes precisam hoje. A carteira é formada por redes de supermercados, atacarejos e atacados no Brasil, Colômbia, Panamá e Angola. São 15 mil usuários dos sistemas de gestão desenvolvidos, implementados em perto de mil lojas.
Em 2020, a empresa está consolidando investimentos iniciados no ano passado. Os principais vetores foram os investimentos em Infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI), no Ensino à Distância (EAD), a criação da Diretoria de Atendimento e o novo Sistema de Reconhecimento de Imagens.
As principais soluções do portfólio hoje são o sistema RUB de gestão automatizada para a operação de lojas, há mais de 10 anos no mercado, e o sistema GondolEye, lançado este ano. Desenvolvida no GIC Lab, a ferramenta monitora corredores de gôndolas, com câmeras digitais e robô.
Tendências para o varejo
Um dos propósitos estabelecidos pela GIC é transformar a experiência de compra no varejo. “As mudanças no comportamento trazidas pela pandemia de COVID-19 aliadas ao uso massivo de tecnologias digitais pelas gerações Z e Alpha nos fazem refletir sobre as tendências de união da tecnologia 5G com dispositivos AR (Augmented Reality, ou Realidade Aumentada) que, conectadas com a imensa base de informações geradas pelos nossos sistemas, podem estimular a transposição das fronteiras e diminuir o atrito existente entre o mundo físico e virtual na experiência de compra do consumidor do varejo alimentício”, conclui o líder do GIC Lab.