Metaverso movimentará trilhões de dólares

GIC Brasil11/03/2023

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Acredita-se que se tornou a primeira instituição financeira a se instalar neste mundo virtual. O salão do JP tem uma escada virtual, um tigre e um retrato do CEO Jamie Dimon na parede, em uma das plataformas do metaverso, chamada Decentraland. Não é a única iniciativa do tipo. Marcas corporativas apostam em iniciativas virtuais no mundo digital, que segundo estimativas poderá movimentar receitas de até trilhões de dólares no futuro. Vale a pena acompanhar a tendência, conhecer e se posicionar.

As marcas Forever21 e Nike são algumas que já criaram lojas virtuais. Na primeira, o avatar escolhe em qual dos cinco andares escolherá as novidades. Roupas digitais para comprar com moeda virtual, mas também andares com serviços de estética, por exemplo. Varejistas se instalam no Metaverso de olho nos lucros reais. A expectativa é de que o mundo virtual da nova realidade paralela se infiltrará em todos os setores de alguma forma nos próximos anos. É hora de parar um pouco para ler mais, se inteirar sobre essa nova tendência.

Aqui, uma dica. Já há vídeos em português no Youtube explorando este admirável mundo novo. Um deles chama-se Onde você vai viver e trabalhar em breve, uma apresentação feita pelo publicitário e empreendedor digital Walter Longo. “Às vezes a gente tem dificuldade de entender que o mundo avança em uma velocidade exponencial. A nossa tendência normalmente é superestimar o que pode fazer em um ano e subestimar o que o que vai acontecer em dez anos”, comenta o empreendedor no vídeo, durante o evento do qual participou com outros profissionais de mercado. Ele destacou a necessidade de se conhecer mais sobre o metaverso.

Longo explica que as redes sociais são uma espécie de “treinamento” para o metaverso. Isso porque, no fundo, os usuários projetam uma imagem independente da realidade cotidiana nas redes, conforme o interesses de ser visto e percebido. “Todo mundo treinou a ser um objeto de desejo das outras pessoas”, argumenta. No metaverso, potencialmente, não há limite para cada um ser o que imaginar, por meio de seu avatar e das interações desenvolvidas. Isso é uma novidade, apesar da experiência, mais de uma década atrás, do chamado Second Life.

O metaverso hoje pode ser acessado em diferentes plataformas, que tenderão a se comunicar no futuro. “Muito da experiência do metaverso será em torno da capacidade de se teletransportar de uma experiência para outra”, diz o principal executivo da Meta, Mark Zuckerberg. O próprio novo nome da empresa de Zuckerberg reflete a perspectiva de que o metaverso será o futuro da internet e da tecnologia. Ela chama-se Meta Platforms INC. Na origem, o termo metaverso aparece na primeira vez no livro Nebrasca, de Neal Stephenson.

Não apenas um, mas vários mundos virtuais compõem o metaverso. Além do Decentraland, há o Sandbox, e o Roblox. Usuários usam avatares digitais e exploram terras virtuais. Socializam, fazem compras, compram imóveis, jogam, assistem exibições artísticas. Walmart, Disney, Warner Music, Gucci, além de marcas nacionais como o Itaú e as Lojas Renner, dentre outras, já estão no metaverso. Estima-se que 6% dos brasileiros com acesso à internet já tiveram alguma experiência em ambientes virtualizados. Conforme pesquisa do instituto Kantar Ibope Media isso equivale a perto de cinco milhões de pessoas.

A Nike lançou, meses atrás, a Nikeland, na plataforma Roblox. Os compradores que navegam nos produtos digitais da Nike são recebidos pelo avatar do astro do basquete LeBron James. As marcas estão sendo cuidadosas ao ingressar no metaverso. “Como você se apresenta ou como permite que sua marca seja utilizada nesse ambiente é fundamental”, conta Steve Rendle, executivo-chefe da VF Corporation, dona das marcas Vans, North Face e da Timberland, em entrevista ao Financial Times. “Seremos muito atenciosos e cuidadosos em como nossa marca é representada dentro do metaverso”, afirma ele.

Para alguns, o potencial de usar este espaço como um meio de impulsionar o comércio eletrônico e as vendas no mundo real representam um foco. Algo como lançar um produto no metaverso e, conforme a aceitação, produzir o item no mundo real. Isso já vem ocorrendo. Exemplo é um gorro virtual, que fez a
Forever 21 lançar o produto de verdade, monetizando uma das tendências de o avatar e a pessoa real fazerem compras de itens virtuais e verdadeiros, respectivamente. Há muito mais possibilidades e elas, agora, parecem ser infinitas.

Por: Nilson Brandão / CONTEÚDO EVOLUTIVO

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