A pandemia da Covid-19 acelerou as transformações do varejo e mostrou que, sim, é possível reagir de forma ágil, assertiva e socialmente responsável diante de uma crise sem precedentes. A visão é da CEO da consultoria Connect Shopper, Fátima Merlin, que atua há 30 anos no varejo, em especial, nos setores supermercadistas, farma e material de construção.
Fátima ingressou no varejo alimentar muito cedo e nos anos 90, se tornou Gerente de Pesquisa e Informação da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados). Na década seguinte, foi executiva na LatinPanel, em seguida Kantar WorldPanel, voltada ao varejo alimentar, até empreender na sua consultoria especializada em melhorar a experiência do consumidor e shopper e maximizar resultados aos seus clientes varejistas e fornecedores.
Nos últimos anos, Fátima cocriou e lançou o Instituto Mulheres do Varejo, focado na disseminação de conhecimento, melhores práticas e desenvolvimento das lideranças femininas e do mercado no país. Desde maio, ela integra o Conselho da GIC, empresa de inovação e tecnologia voltada ao setor, no Brasil e América Latina.
Em entrevista a este blog, a especialista traça o cenário da aceleração do setor com a Covid-19, o mercado até o fim de 2020 e as tendências que se consolidaram e marcarão o futuro próximo do varejo supermercadista. “Eu diria que a expressão chave deste ano é ‘Sim, é possível’. Desde que a gente foque no que é relevante. E isso o varejo mostrou muito bem. O ano de 2020 entrará para a história como ‘O ano da aceleração e entrega rápida às novas demandas e necessidades’, como nunca houve”, diagnostica Fátima.
Em resumo, ela aponta os desafios encarados ao longo do ano: responder rapidamente às necessidades dos consumidores e colaboradores, questões regulatórias e vigilância sanitária, requisitos e protocolos básicos da OMS (Organização Mundial da Saúde), resgate de valores adormecidos, superação de barreiras culturais e crenças limitantes. “Tudo isso, para atuar de forma eficaz, rápida e segura dentro da cadeia setorial e cumprindo a responsabilidade que o varejo tem para o país”, reforça. Aguarde para os próximos dias a íntegra da entrevista, que dividimos em duas partes, uma sobre o cenário atual e outra, as perspectivas daqui para frente.
Nilson Brandão, CONTEÚDO EVOLUTIVO